E ela descobriu que estava sim naquele clima. Aquele como num dia de sol, em pleno verão, quando se toma um sorvete bem gelado, descendo macio pela garganta e refrescando a alma.
E ela descobriu que sentia algo de bom dentro de si. Algo verdadeiro, puro, mas algo a que ela ainda não podia dar nenhum nome ou classificação, pois não estava certa do que se tratava. Ainda.
E ele olhou pra ela com olhos de quem vê aquilo que mais ninguém vê. Ela percebeu para o que ele estava olhando, ao contemplar o fundo de seu cristalino.
E os dois se viram neste mesmo clima, mesmo sem saber exatamente o que era. E se deixaram levar...
E um belo dia, ela achou que deveria fazer a coisa certa pelo menos uma vez na vida, para que as coisas que ela queria que fossem certas se tornassem reais.
E ela fez. Ela tentou, mas nem sempre se pode agradar a todos. E aquele nunca mais foi o mesmo com ela. Aquele, não ele.
E ele continuou olhando para ela com aqueles olhos. Os olhos do descobrir. Do querer saber. Da curiosidade. Mas ele ainda tinha medo. Medo ou receio? Como saber?
E ela também tinha medo. Ambos tinham medo. O mesmo medo. Ou seria receio?
E o medo (ou seria receio...) tomou conta dele e dela, e ambos permaneceram ainda em seus lugares, imóveis, com medo de perder aquilo que já haviam conquistado.
E ela ainda levou um bom tempo para saber se aquele olhar dele era apenas um olhar, ou um convite a um caminho diferente, uma nova trilha, uma descoberta mágica.
E ele continuou fingindo que a vida girava feito um carrossel que, apesar de ter seus altos e baixos, continuava girando em seu próprio eixo, sem nenhuma possibilidade de algo sair errado.
E ela duvidou. E ele? Como saber?
E o fim dessa história? O fim dessa história, só o tempo pode escrever!
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